Quando me deu para poeta....
As palavras são
Todas
Para ser ditas
E não há malditas
No vocabulário
Do nosso rosário
Da vida que passa
Em vale de lágrimas
E em montes de riso
Nascido
Crescido
Do nosso juizo
Da gente que somos
Amamos
E rimos
Brincamos
Falhamos
E vamos
Com os cornos
De encontro ao muro
Que separa
O malhado
Do branco mais puro
Nos lábios
Nas ventas
E nas águas bentas
Da pia da igreja
Que o padre despeja
Na cabeça beata
De uma velha
Rata
Que assim
Lavadinha
E a olhar
De esguelha
A pensar
Que ganhou
Vida eterna
Barata
E São Pedro enganou
sábado, 7 de abril de 2012
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